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Os Microempreendedores Individuais (MEIs) compõem grande parte da fatia das organizações do país, contribuem de forma positiva para o crescimento do empreendedorismo e criam formas de renda que ajudam muitas pessoas que vivem na informalidade a se formalizar. Este estudo tem como objetivo analisar as evidências científicas dos últimos cinco anos (2019-2023) sobre os MEIs no Brasil. Utilizou-se como método a revisão integrativa de literatura, a partir da busca de trabalhos na base de dados Google Acadêmico. A pesquisa possibilitou a análise de 30 estudos da área interdisciplinar, com enfoque no perfil, motivos, desafios e gestão dos MEIs, por meio de diferentes abordagens, principalmente qualitativas. Os resultados encontrados foram que o perfil dos MEIs são mulheres, casadas, com ensino médio completo, com idade entre 30 e 40 anos e raça/cor (autodeclarada) parda. Os motivos que as levam a empreender são ter independência financeira, identificação com o ramo e desemprego, “ter o seu próprio negócio” e pela vantagem de receber aposentadoria, auxílio maternidade, auxílio doença e conseguir emitir nota fiscal. Os desafios foram a política pública do MEI para enfrentar o desemprego, questões financeiras e linhas de crédito, falta de experiência e conhecimento na área de marketing e inovação, impacto negativo da pandemia, dificuldade no início do negócio e que a burocracia torna difícil empreender. As práticas de gestão encontradas foram ações de marketing digital para impulsionar vendas, não utilizam ferramentas de planejamento estratégico, iniciam seu negócio sem plano estruturado, não buscam auxílio do SEBRAE e as principais competências são persistência e comprometimento. Para estudos futuros, sugere-se aprofundamento nas questões da pandemia ter mudado a natureza dos desafios dos MEIs e se esses desafios se diferenciam dos pré-pandemia; investigar quais competências foram mais críticas para os MEIs na gestão das contingências causadas pela pandemia; examinar se novas competências emergiram entre os MEIs como resposta à necessidade de se reinventar durante a pandemia; pesquisar de que maneira os MEIs desenvolveram novas competências; explorar como as políticas públicas podem ser ajustadas para apoiar os MEIs em futuras crises, semelhantes à pandemia. |
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