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A produção e socialização dos conhecimentos precisa de um “espaço
comum” construído em coletividade e assentado em processos de encontro,
diálogo e interação entre as pessoas. Tempos atuais se erguem sobre a tênue
fronteira entre uma pandemia, um contexto de pós-pandemia e, mais
recentemente, tentativas de resiliência após eventos climáticos extremos
ocorridos no Sul do Brasil, clamando pela urgência dos encontros, a fim de
vislumbrar outras possibilidades de habitar o mundo e produzir
conhecimentos através de lugares de partilha.
O cenário pós-pandêmico e de enfrentamento à crise climática nos
convida à reflexões sobre nossos modos de vida, sobre as novas disposições e
tecnologias adotadas na vida cotidiana e sugere, de forma contundente, que
novos pactos precisam ser firmados. Nesse rumo, o Observatório de Políticas
e Ambiente (ObservaCampos/CNPq), grupo de pesquisa-ação sediado na
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), toma parte neste
movimento, abrindo espaços de reflexão, análise e proposição de ações de
ensino, pesquisa e extensão, por meio das Ciências e territórios de saber em
confluência interdisciplinar. Com essa intenção, a 4ª Mostra ObservaCampos
“Meu corpo é terra-território” chega como proposta epistêmica Sul-Sul,
feminista e comunitária de Abya Yala, um projeto cosmopolítico, que tensiona
o paradigma do desenvolvimento neoliberal da Modernidade. Nesse projeto,
assumimos a Universidade como um território científico-político que
trabalha pela sociedade e deve combater, veementemente, qualquer tipo de
violência e opressão... |
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