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Esta investigação procura pensar uma casa em ruínas, no centro da cidade de Montenegro, RS, como uma imersão poética, a partir do conceito de imersão do autor Emanuele Coccia, que deseja dar a ver as camadas de tempo e espaço que se sobrepõem em um processo artístico cotidiano. A partir dos descascamentos das paredes, busco possibilidades para a criação em arte nesse espaço em transformação, muitas vezes considerado inútil, incômodo, estorvo e que atrapalha o desenvolvimento do espaço urbano, estabelecendo relações com o conceito de ruína do autor Marc Augé. Ao habitar a casa como um ateliê, dentro da perspectiva de artistas como Fernanda da Silva, Paola Zordan e Marcelo Forte, proponho alterações e diferentes vivências neste espaço, aproximando-me do viés de Gaston Bachelard, em seu texto “A Poética do Espaço". Considerando, ainda, a forma que as plantas e demais seres dialogam com a casa em ruínas, proponho uma tentativa de promover fissuras nos modos que a arte pode se relacionar com a vida e o cotidiano. |
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