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O presente trabalho de conclusão de curso integra a pesquisa artística sobre
relações performáticas entre o corpo, espaço e objetos cotidianos. Procura-se
tensionar a aproximação de objetos que são inventariados a partir de protocolos
dentro do espaço doméstico, estabelecendo encontros que se fundem em diferentes
instâncias - memórias, noções de funcionalidades - propondo reinvenções em
variáveis configurações partindo de instruções poéticas. Essa reinvenção vem de
encontro à origem dos objetos e sua conectividade com corpo, constituindo assim,
camadas de sentidos na realização de suas ações. Cada capítulo reúne o processo
que vai se modificando ao longo das experimentações, bem como os caminhos que
a pesquisa percorre. De início, a pesquisa tem como foco a condição de isolamento
social, atentando-se às noções de cotidiano, através de microfilmes,
vídeoperformances e fotografias. Desdobra-se para a relação de convívio cotidiano
com os objetos que me cercam, buscando também, um encontro de objetos
quebrados que me pertencem. São utilizados como aporte referencial Maurice
Blanchot (2007), Emanuele Coccia (2020) e Georges Perec (2016) em suas
amplificações de estudos do cotidiano; artistas como Miranda July e Glaucis de
Morais, ao produzir relações que contrariam as normas pré-concebidas no uso dos
objetos; e Yoko Ono e George Brecht que produziram práticas artísticas
relacionando arte e vida, através de seus eventos e peças. O trabalho tende a
investigar conceitos tais como funcionalidade dos objetos, ruptura e
performatividade, hibridizando experimentos entre a escrita, performance, fotografia
e vídeo, ao questionar os espaços em que esses objetos podem ser colocados,
utilizados ou sobrepostos, em busca, também, de uma relação de confluência com o
corpo. |
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