Interações entre Rizobium leguminosarum com ervilha (Pisum sativum) e alface (Lactuca sativa) em sucessão

Abstract

A olericultura está em constante desenvolvimento, e com isso a utilização de microrganismos é de suma importância para práticas orgânicas. A procura por alimentos seguros vem crescendo e os agricultores estão voltando a praticar manejos livres de insumos químicos. Os rizóbios são importantes para o desenvolvimento, crescimento, produção de hormônios, proteção contra fungos em plantas leguminosas e não leguminosas. Os rizóbios podem ser encontrados vivendo livremente no solo ou podem ser inoculados. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a promoção de crescimento de alface (Lactuca sativa) por rizóbio previamente inoculado em ervilha (Pisum sativum). A nodulação e crescimento de plantas de ervilhas também foi avaliado. O crescimento das plantas de alface, com e sem inoculação de microrganismos foi outro parâmetro avaliado. O estudo foi realizado a campo durante o cultivo da ervilha e sucessivamente da alface, na área de um produtor rural do município de Cachoeira do Sul – Rio Grande do Sul. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso com duas repetições, onde foi avaliada a utilização da inoculação com bactéria do gênero Rhizobium, estirpes de SEMIA 3007 e a não inoculação. Foram utilizados quatro canteiros, sendo dois com inoculação e dois sem inoculação. Com os resultados obtidos percebe-se que a utilização do inoculo de Rizobium leguminosarum bv. viceae SEMIA 3007 em plantas de ervilha não acrescentou no ganho de massa seca aérea, porém auxiliou no aumento da nodulação, da massa de grãos por planta e da produtividade. Nas plantas de alface o fator que mais demonstrou resultado positivo foi a palhada deixada das plantas de ervilha. Nos canteiros que não foram inoculados, as alfaces apresentaram resultados mais expressivos do que nos canteiros inoculados.