A poluição ambiental decorrente da disposição de metais pesados em efluentes industriais é capaz de acarretar inúmeros danos biológicos. Dentre eles, o cromo hexavalente (Cr(VI)), oriundo principalmente de banhos de galvanoplastias e do tratamento de couro em curtumes, pode representar um grande problema ambiental, uma vez que é reconhecidamente um composto carcinogênico. Partindo disto, o presente estudo buscou estudar a viabilidade da aplicação de biomassa inativa de microalgas Chlorella sorokiniana na biorremediação deste metal pesado, sem efetuar nenhum tipo de pré-tratamento na biomassa. A metodologia utilizada foi baseada em coletas de amostras após tempos determinados de interação, sendo a concentração residual de Cr(VI) obtida por meio do método colorimétrico da 1,5-difenilcarbazida. Os resultados demonstraram uma capacidade máxima de remoção de Cr(VI) igual a 38% para uma concentração inicial de biomassa de 10 g.L-1 , agitação de 170 RPM e temperatura de 21 ºC, correspondendo a uma biossorção de 0,055 mg de Cr(VI) por g de biomassa, sendo o equilíbrio atingido após 100 min de interação. Os resultados demonstraram uma possível aplicação frente a remoção de baixas concentrações do metal, principalmente pelo fato de que a biomassa foi utilizada sem nenhum tipo de pré tratamento, e as condições necessárias para as porcentagens máximas de remoção são de baixo gasto energético.