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A partir do século XX houve uma crescente industrialização no mundo que aumentou o consumo dos recursos naturais, a geração de resíduos sólidos e os impactos sobre o meio ambiente. Uma das alternativas empregadas para minimizar esses impactos é o gerenciamento dos resíduos sólidos em todos os ramos de atividade, com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos naturais e o destino final dos resíduos. Nesse sentido, no presente estudo objetivou-se analisar o gerenciamento dos resíduos sólidos de uma empresa na fabricação de esquadrias de alumínio e instalação de vidros temperados. O estudo foi desenvolvido entre os meses de fevereiro a junho de 2021 em uma empresa de esquadrias e vidros temperados, localizada no município de Três Passos, Noroeste do Rio Grande do Sul (RS). A empresa atua no mercado de construção civil a mais de 50 anos, com o comércio de toda linha de vidros temperados e laminados, bem como fabricação e montagem de esquadrias de alumínio. A metodologia utilizada constituiu na análise do gerenciamento dos resíduos sólidos da empresa, desde a matéria-prima utilizada, a base de vidros em chapa e alumínios em barras. A identificação dos resíduos gerados foi realizada a partir do mapeamento das atividades exercidas nas dependências da empresa, e os resíduos sólidos foram quantificados por sua massa e classificados quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde pública, de acordo com a norma NBR 10.004. Como resultados, verificou-se que o setor de corte de chapas de vidro é a maior fonte de resíduos na empresa, com média mensal de 486 kg, seguido por resíduos de alumínio que correspondem, em média, a 214 kg por mês, ambos classe II B. Ainda pertencendo a mesma classe, constatou-se que a geração de papel, papelão e plástico totalizam 56 kg por mês, enquanto que os resíduos classe II A, como orgânicos e os rejeitos sanitários, representam a menor geração, respectivamente, de 6 e 5 kg ao mês. Para a destinação final dos resíduos de vidros é contratada uma empresa que faz a coleta e reciclagem, já os resíduos de alumínio são comercializados no final de cada ano, gerando receita ao processo produtivo. Os resíduos de papel, papelão e plástico são destinados a recicladores locais, e os resíduos orgânicos e rejeitos são encaminhados a aterro sanitário. Por fim, verificou-se a necessidade de pequenos ajustes no acondicionamento temporário dos resíduos, como a implantação de recipientes coletores identificados e resistentes, bem como a utilização de uma planilha para melhor controle dos resíduos gerados, o que não desabona as práticas de gerenciamento até então adotadas pela empresa. |
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