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A geração de resíduos sólidos no país está em escala crescente, provocando o esgotamento antecipado de aterros sanitários. Grande parte do que é encaminhado a esses locais são resíduos recicláveis e orgânicos, sendo os setores alimentícios expressivos geradores desses resíduos. Diversos municípios ainda carecem de aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) como é o caso dos municípios deste estudo. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a aplicabilidade das práticas sustentáveis em relação aos resíduos sólidos gerados em restaurantes e quiosques nos municípios de Tramandaí e Imbé, Rio Grande do Sul. Também foi analisado a percepção ambiental por parte dos proprietários destes empreendimentos. Para alcançar os objetivos propostos foi desenvolvido um questionário online com questões fechadas através de plataforma digital (Google Forms). A avaliação do questionário semiestruturado foi validada por dois especialistas na área e dois pré-testes com empreendimentos da região. Após seu aperfeiçoamento o questionário foi divulgado através das redes sociais para auxiliar na sua propagação para o público-alvo. A amostra teve a participação de um total de 33 (trinta e três) respondentes, sendo significativa para o município de Tramandaí, porém, não para Imbé. Com a análise dos dados observou-se que este público-alvo possui uma percepção elevada e está preocupado com as questões ambientais, mas pouco envolvido com ações concretas. Incentivos identificados como principais para uma melhor gestão dos seus resíduos são cursos e treinamentos na área, pois os respondentes afirmam não possuir conhecimento suficiente das ações sustentáveis. Portanto, este trabalho demonstrou a necessidade de implantação de um projeto de educação ambiental nestes setores, e os resultados dessa pesquisa poderão servir para os órgãos públicos como subsídio na elaboração de novas diretrizes ambientais municipais que considerem responsabilizar os comércios pela coleta, transporte e destinação dos seus resíduos. É necessário que órgãos públicos não só responsabilizem mas também incluam esses atores no processo participativo de gestão de resíduos sólidos. Além disso, ficou evidente que, não há uma comunicação entre associações de catadores e comércios, e que esta seria uma opção viável e promissora para a destinação correta dos resíduos recicláveis na região. |
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