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A atividade de Silvicultura no Brasil começou seu desenvolvimento mais significativo a partir da segunda metade do século XX, sendo na atualidade, um importante setor na economia brasileira. O estado do Rio Grande do Sul (RS) apresentou essa mesma tendência nacional, e atualmente, representa um dos grandes estados da indústria de base florestal no Brasil, principalmente com cultivo dos gêneros Eucalyptus e Pinus. O problema ambiental mais significativo dessa atividade, entre outros, é a proliferação não desejada do gênero Pinus em ambientes naturais, em especial, na região costeira do sul do Brasil. O manejo incorreto ou não realizado em áreas de cultivo pretéritos ou atuais, pode acarretar em amplo povoamento do gênero, principalmente em áreas sem manejo ou sem uso e ocupação do solo determinados. Nos últimos anos, dispositivos legislativos foram criados ou modificados para ordenar e organizar o cultivo de Pinus no estado do RS. No Litoral Norte desse estado, destaca-se o município de Osório, que abriga um rico mosaico ambiental e ecossistemas associados sobre os biomas da Mata Atlântica e Pampa. Através do uso das Geotecnologias como instrumento de gestão ambiental, o presente trabalho analisou o uso e ocupação do solo pelo cultivo de Pinus assim como sua proliferação em ambientes ecologicamente importantes no município de Osório – RS. Dados espaciais (dados vetoriais) referentes à atividade de silvicultura do RS (trimestre julho/setembro do ano de 2020) e disponibilizados pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM – RS), possibilitaram a análise das áreas de silvicultura no município e identificar áreas com o cultivo de Pinus. Além disso, a fotointerpretação de imagens do satélite Sentinel 2 (agosto de 2020), em composição colorida em falsa cor, permitiu identificar áreas de proliferação de Pinus sobre ambientes ecologicamente sensíveis no município, assim como as possíveis fontes de disseminação de sementes (Hot Spots). Duas áreas sobre ambientes naturais apresentaram proliferação do Pinus de forma mais preocupante, uma sobre áreas próximas as lagoas Biguá, Emboaba e Emboabinha, e outra sobre o remanescente de campo de dunas móveis entre os municípios de Osório e Imbé. Ao fim, foram apresentadas sugestões de criação de Unidades de Conservação sobre esses dois ambientes com acentuada proliferação do Pinus. |
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