O que atravessa nosso caminho quando atravessamos a rua? CORPOS EM CHAMAS: criação
em dança com malabares através da dramaturgia do movimento urbano, propõe-se neste texto
questionar os fazeres dramatúrgicos da dança com malabares, para um contexto urbano, a rua.
Levando em perspectiva as relações distintas com sujeitos de subjetividades diferentes no meio
urbano colocamos em perspectiva as experiencias vivenciadas pelos interpretes criadores deste
trabalho para refletirmos e oras questionar a relação subjetiva estabelecida com os diferentes
sujeitos e suas características dentro de um padrão social de heterocisnormatividade. Para isso
contamos com a metodologia da prática como pesquisa, através do referencial de Paola Silveira
Vasconcelos, Daniel Moura, André Lepecki, entre outros, para dialogar comigo. O processo
ocorreu em um laboratório de ensaio onde a partir da prática de experimentação dos objetos de
malabares na dança onde a partir de uma relação de diálogo que os intérpretes criadores
percebem em relação a materialidade dos objetos de malabares, utilizamos destas percepções
para experienciar o fazer artístico na rua. A respeito dessas materialidades trabalhamos apenas
com os objetos staff e o bambolê refletindo através dos estímulos de dançar/se relacionar com
estes objetos/sujeitos transeuntes para a criação do fogo metafórico que queima e incendeia esta
criação.