Resumo:
O aumento da conscientização ambiental e o esgotamento do diesel derivado do petróleo abriram caminho para a busca de combustíveis alternativos. Dentre as várias opções disponíveis, o biodiesel é altamente atrativo e escalável. O biodiesel é preferível ao diesel de petróleo, pois pode ser derivado de fontes vegetais e animais abundantemente disponíveis. Além disso, as emissões da combustão do biodiesel são relativamente limpas, não tóxicas e não cancerígenas. A produção convencional de biodiesel, que envolve o uso de catalisador químico, é realizada em temperaturas relativamente altas próximas ao ponto de ebulição do álcool e produz muitos subprodutos indesejados, como o sabão. A separação do biodiesel desses subprodutos e do glicerol é difícil, o que torna esse método caro e complicado. Para superar esses inconvenientes, biocatalisadores como enzimas têm sido propostos para substituir os catalisadores químicos, que têm mostrado resultados promissores devido à sua alta seletividade e condições operatórias leves. Além disso, não há necessidade de purificação da matéria-prima, uma vez que o biocatalisador, a lipase, é capaz de esterificar os ácidos graxos livres presentes na matéria-prima juntamente com os triglicerídeos transesterificantes. Esta revisão tem, portanto, o objetivo de fornecer informações sobre recentes avanços na produção de biodiesel, estudos de aplicações que estão sendo feitas com enzimas como biocatalisadores e estudos voltados para redução e um aproveitamento maior desses subprodutos do biodiesel, que, devido a sua quantidade, acabam se tornando um grande inconveniente de escala industrial.