REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL UERGS

Interações parasitismo-hospedeiro e suas implicações à paleoecologia: um estudo de caso no litoral sul do Brasil

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dc.contributor.advisor Ritter, Matias do Nascimento
dc.contributor.author Santos, Valentina Silva dos
dc.date.accessioned 2022-08-09T15:33:31Z
dc.date.available 2022-08-09T15:33:31Z
dc.date.issued 2021
dc.date.submitted 2021
dc.identifier.uri https://repositorio.uergs.edu.br/xmlui/handle/123456789/2319
dc.description.abstract Traços associados ao parasitismo recuperados do registro fóssil ainda são raros, muito embora representem uma interação ecologicamente importante. A maioria das espécies animais hospeda pelo menos um parasita endêmico, além de muitas outras espécies de parasitas relativamente generalistas. O parasitismo é ubíquo na biosfera e, em contraste com a predação, sabemos muito pouco de sua história no registro fóssil. A compreensão dessa interação traz informações relevantes, pois sua maior prevalência pode estar associada a períodos de aumento relativo do nível do mar e mudanças de temperatura. Este trabalho tem como objetivo avaliar a prevalência de possíveis traços de parasitismo preservados em conchas de moluscos comumente encontradas ao longo do setor praial do litoral norte do Rio Grande do Sul. Para tal, foram coletadas 27 amostras padronizadas de 0.05 m³ de material sedimentar e conchas de moluscos, ao longo de cerca de 135 km de costa, entre os municípios de Torres e Palmares do Sul, simulando setores retrogradantes e progradantes no registro fóssil Quaternário. Foram identificadas 12 espécies de moluscos. Contudo, os traços associados ao parasitismo foram encontradossomente em valvas de Donax hanleyanus Philippi, 1847, espécie que apresentou a maior frequência relativa. Esses traços foram induzidos provavelmente por parasitas trematódeos digenéticos, que possuem um complexo ciclo de vida, com até três hospedeiros, infestando os bivalves no segundo estágio de hospedeiro intermediário, obtendo nutrientes das gônadas de seus hospedeiros. A prevalência foi calculada por meio da divisão do número total de indivíduos infestados pelo número total de espécimes (para cada setor da costa). O teste t foi empregado, após equidade do n amostral, para comparar o tamanho corporal médio dos indivíduos infestados com aqueles não infestados. Os valores de prevalência foram 0,55 para o setor retrogradante e 0,59 para as áreas progradantes, sendo probabilisticamente iguais (teste Mann-Whitney-Wilcoxon após transformação arco seno, p = 0.956). A prevalência entre as valvas também foi verificada, não obtendo diferença significativa (p 0,05). O tamanho corporal dos indivíduos infestados, comparativamente aos não infestados, não apresentou diferenças significativas (p 0,05). A média para os indivíduos infestados foi de 16,99 mm e para os indivíduos não infestados 17,08 mm. Em relação aos setores, apenas o setor retrogradante apresentou diferença significativa em relação ao tamanho corporal (p 0,05). O padrão encontrado para estudos conduzidos no Mar Mediterrâneo – alta prevalência de trematódeos infestando bivalves em setores retrogradantes – não foi aqui identificado para o litoral sul brasileiro, o que evidencia a importância da realização de estudos sistemáticos sobre essa temática.
dc.language.iso 210203s2021####bl#a###fr###########por#d
dc.subject Moluscos
dc.subject Produção intelectual - Uergs
dc.subject Registro fóssil
dc.title Interações parasitismo-hospedeiro e suas implicações à paleoecologia: um estudo de caso no litoral sul do Brasil
dc.type Arquivo digital
local.degree.date Unidade em Litoral Norte - Osório
local.degree.grantor Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
local.description.areasdoconhecimento M574(816.5)


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