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Esta monografia versa sobre o racismo estrutural no diálogo intermidiático entre contos e romances de Lima Barreto e a teledramaturgia da Rede Globo de Televisão "Fera Ferida". de estereótipos racistas sem a menor chance de rupturas, pois perpetua o passado escravocrata. Justifica-se esta investigação pela necessidade de se entender e combater o preconceito e a discriminação racial formados estruturalmente no Brasil contra o sujeito preto, como elementos que impedem o surgimento da tão esperada democracia e igualdade entre não-pretos e pretos. Objetivou-se apresentar fatos inerentes à identidade preta transposta nas obras Clara dos Anjos (1922), Numa e a Ninfa (1915) e o conto A Nova Califórnia, de Lima Barreto e como isso foi espelhado na teledramaturgia "Fera Ferida" (1993), de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. Para desenvolver a investigação, fez-se a pergunta: "A escravização dos negros no Brasil influenciou nos processos de construção identitária étnico-racial dos afro-brasileiros apresentados em cenas e personagens na teledramaturgia "Fera Ferida"? Como resultado, concluiu-se que a teledramaturgia, nesses aspectos, corrobora com as relações das obras de Lima Barreto com a produção midiática, em busca de reflexões com base na adaptação literário-tele dramatúrgica, que representa as lógicas de pertencimento cultural e racial, social e identitária, bem como a aprendizagem e o conhecimento de estratégias de adaptação, com o desenvolvimento estético e científico em que as obras de Lima Barreto e a teledramaturgia "Fera Ferida" são merecedoras. Em relação ao processo metodológico, seguiu-se o tipo de pesquisa bibliográfica e documental de abordagem descritiva e exploratória em análises feitas a partir de artigos, documentos e livros. |
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