A literatura indígena brasileira: o perpectivismo ameríndio para contar histórias

Abstract

Esta monografia, término do curso de Licenciatura em Letras- Língua Portuguesa e Literaturas da Língua Portuguesa, tem na voz autoral, ecos das produções escritas e na práxis, a formação da consciência, experiências e reflexões oriundas do “ser e estar” professor (a). Decorrentes deste corpus literário grandioso que é a literatura indígena, proponho neste trabalho, apresentar as descobertas e possibilidades para um caminho pedagógico, a partir da literatura indígena. A discussão sobre o tema indigena parte de uma necessidade perene dentro da sociedade brasileira, no que tange a invisibilização histórica das culturas indígenas, tão ricamente ilustradas pelas literaturas. Concernente a pesquisa, a literatura indígena desvenda-se uma possibilidade, tais como na perspectiva pós-colonialista, segundo Thomas Bonnici (2005), indicando nas produções escritas, as vozes que buscam o ativismo para recontar histórias. A partir do perspectivismo amerindio de Viveiros de Castro (2008-2014) entendemos a centralidades dos saberes indígenas como uma possibilidade de compreendermos como o interior de uma cultura pode sobreviver e se fortalecer, visto que nas obras literárias e narrativas indígenas, estão presentes a “mitopoética” que é a capacidade de contar histórias através dos mitos, das cosmologias e representações simbólicas, desde a oralidade, ancestralidade, culto à natureza e suas criaturas, respeito a diversidade, inúmeros temas que proporcionam reflexões dialógicas em sala de aula, representando assim, inúmeras potencialidades e aplicabilidades na educação como um todo..