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A crescente preocupação com o passivo ambiental na indústria e as suas
consequências têm levado as empresas do ramo coureiro e calçadista a
buscarem alternativas mais seguras e sustentáveis, para a destinação de seus
resíduos classe I, em substituição ao tradicional descarte em aterro. Uma
alternativa viável encontrada recentemente para as empresas sediadas no Rio
Grande do Sul é a destinação dos resíduos de curtimento, aparas, retalhos de
couro e até mesmo lodo com cromo para a indústria Ilsa, de origem Italiana,
instalada a poucos anos na região e que utiliza estes resíduos como matéria
prima, por um processo de hidrólise para a produção de adubos orgânicos
através de uma tecnologia inovadora, e que vem gradativamente absorvendo
em se processo os resíduos do setor. Esta alternativa faz com que o curtume se
torne sustentável, uma vez que os recicla e possibilita que eles sejam
transformados em um produto com alto valor agregado, fazendo parte da
economia circular, eliminando o passivo que se acumula nos aterros sanitários,
retornando ao solo como nutrientes essenciais. O presente estudo aborda a o
comparativo entre os dois tipos de destinação de resíduos industriais do
processo de curtimento, trazendo informações sobre quantidade e custo para
cada uma destas, e por fim, demonstrando o impacto positivo tanto no valor da
disposição final quanto no ganho ambiental. Como resultado encontrou-se uma
redução considerável na destinação para aterro, possibilitando reduzir cerca de
42 mil reais em doze meses de destinação, além de gerar mais de 300
toneladas de fertilizante, com 440 toneladas de resíduos provenientes do
levantamento desta janela. |
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