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Os microrganismos fotossintetizantes são compostos por microalgas e cianobactérias, organismos unicelulares que possuem estrutura celular eucariótica e procariótica e vivem isoladamente ou podem formar colônias. Por apresentarem características como alta taxa de crescimento e alta capacidade de armazenamento de substâncias de reserva, como lipídios e amido, as microalgas apresentam alto potencial biotecnológico. Sendo amplamente estudados para aplicação em biorremediação, biorrefinarias, absorção de CO2 e na produção de bioprodutos. Este trabalho teve como objetivo identificar molecularmente microalgas isoladas de corpos hídricos do município de Porto Alegre, coletados entre os meses de janeiro e agosto de 2023, por meio de técnicas de biologia molecular. Amostras foram coletadas do Arroio Dilúvio e do Lago Guaíba, cultivadas em meio BG-11 e submetidas à extração de DNA, amplificação por PCR e sequenciamento da região ITS2 do DNA ribossômico nuclear. Foi feito extração de dna e amplificação da região ITS2 dos isolados DL0-01, DL0-02, DL0-03, DL0-04, DL1-10, DL1-12, DL2-03, DL2-04 e GB2-04. Porém, os isolados DL0-02, DL1-12 e GB2-04 foram enviados para sequenciamento não tendo os resultados ainda. A análise das sequências obtidas nos bancos de dados NCBI, PhycoCosm e Bold Systems indicou que a maioria dos isolados pertence ao filo Chlorophyta, classe Trebouxiophyceae, com forte tendência para os gêneros Chlorella, Micractinium e Scenedesmus, sendo alguns sugeridos como Chlorella sorokiniana. A comparação entre os dados de sequenciamento e as características morfológicas dos isolados reforça a importância da identificação molecular, especialmente frente às limitações da taxonomia clássica. Isolados com alto grau de similaridade (como DL0-01, DL0-03 e DL0-04) indicam linhagens semelhantes ou possivelmente de mesmo gênero ou até mesma espécie, enquanto outros apresentaram variações que sugerem diferentes linhagens dentro do mesmo grupo. O estudo contribui para o enriquecimento do banco de isolados do Laboratório de Biotecnologia Vegetal e para o avanço no conhecimento da biodiversidade microalgal da região. Além disso, estabelece protocolos que podem ser aplicados em futuros estudos voltados à bioprospecção e uso biotecnológico desses organismos, como em processos de biorremediação e produção de biocombustíveis. |
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