A Grapholita molesta é uma praga chave na fruticultura de clima temperado e seu manejo é um entrave enfrentados pelos pomicultores no Brasil. O objetivo do trabalho foi avaliar a taxa de mortalidade de ovos de 1 e 3 dias e lagartas de último ínstar larval de G. molesta, submetidas a condições de atmosfera controlada, por diferentes períodos de armazenamento, visando estabelecer uma estratégia de controle. O Experimento foi realizado na Estação Experimental de Fruticultura Temperada da Embrapa. Frutos receberam a oviposição direta de mariposas e foram infestados artificial com lagartas. Após foram acondicionados em câmara fria e avaliados ao longo do tempo. Para a oviposição nos frutos, utilizou-se aproximadamente 2.500 adultos de G. molesta. Os frutos permaneceram por 5 horas na gaiola para oviposição das fêmeas. Após a retirada os ovos foram marcados e contados e as frutas acondicionadas em câmara fria com temperatura ± 0,5°C. Foi considerado tratamento o período de permanência dos frutos na câmara, testemunha (zero dias), 3, 5, 7,10 e 15 dias. Após foram retirados da câmara, e a cada retirada das frutas da câmara, permaneceram por um período de 10 dias na sala climatizada e posteriormente eram avaliados. Para avaliação da mortalidade das lagartas de G. molesta, foi realizado novo experimento que consistiu em 8 tratamentos com repetições de 25 frutos cada. Foram infestadas 400 lagartas de primeiro instar por tratamento. A infestação foi feita assim que houve a eclosão dos ovos. Todas as amostras foram acondicionadas em bandejas de polpa e armazenadas na sala de criação (25ºC ± 2°C; UR 70 ± 10% e fotoperíodo de 14 horas). Os tratamentos permaneceram por um período de 10 a 15 dias na sala de criação para que as mesmas atingissem o 5º ou último instar larval. Quando as lagartas atingiram o 5º (último) instar, foram translocados os tratamentos para a câmara fria. Quando atingia o tempo de armazenamento de cada tratamento era feita a retirada do mesmo da câmara e permaneceram por um período de 3 dias na sala climatizada e posteriormente avaliados. O período de armazenamento em câmara fria de atmosfera controlada afetou o desenvolvimento embrionário e larval de G. molesta. A taxa de mortalidade de ovos de 1 e 3 dias varia entre 7 a 100%, respectivamente. Com 15 dias de armazenamento não há viabilidade embrionária, independentemente da idade de ovo. A taxa de mortalidade de lagartas varia entre 0,47 a 100%, sendo que o maior percentual ocorre após 42 dias de armazenamento.