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A jabuticaba é uma fruta nativa da mata Atlântica Brasileira, muito apreciada in
natura para produção de vários produtos, como geleias, sucos, fermentados
alcoólicos, vinagre, licores entre outros. A fruta é rica em compostos bioativos,
principalmente antocianinas, responsáveis pelos efeitos benéficos para a saúde
humana, auxiliando no tratamento e prevenção de diversas doenças. Estes
compostos encontram-se em maior concentração na casca da fruta, que na
maioria das vezes é descartada do processo. Desta forma, o presente trabalho
foi desenvolvido visando utilizar esse resíduo para produção de um extrato
aquoso, ao qual foi aplicado em um biofilme de amido de milho, agregando
funcionalidade e valor. Para a produção do biofilme, a mistura de seus
componentes (amido de milho, glicerol, vinagre, água destilada e extrato
aquoso) foi submetida a aquecimento até 80° C e mantida nesta temperatura por
10 minutos, sob agitação constante, para promover a gelatinização e, após,
vertida em placas de Petri. As placas foram secas em estufa de secagem por 24
horas a 40 °C, e mantidas por 3 dias em temperatura próxima a 24 °C para o
biofilme poder ser removido, sem danos, das placas. As análises realizadas
mostraram que o biofilme produzido tem umidade de 24%, retém mais água que
seu peso original em 2 minutos, com resultado obtido de 105% na análise de
swelling; apresentou taxas de solubilização próximas a 36% e, taxa de
opacidade de 0,20 mm, demonstrando que parte da luz é retida por ele. Nos
ensaios de biodegradabilidade em solo, o produto perdeu cerca de 32% de
massa após 20 dias, o que reforça a boa biodegradabilidade. Além disto, foram
determinadas as concentrações para os compostos antioxidantes presentes no
produto, i.e. compostos fenólicos totais, polifenóis, ácidos fenólicos e
antocianinas, em ensaio de migração em etanol a 10%. |
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