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O presente estudo propôs como objetivo conhecer e analisar os níveis de hipótese de escrita nos
quais se encontram os alunos de três turmas da etapa da alfabetização na perspectiva de suas
professoras. Desde cedo, as crianças manifestam curiosidades com relação à cultura escrita, e,
nesse convívio inicial, elas já estão cercadas de textos e constroem conhecimentos à medida
que percebem as marcas iniciais da escrita. É no espaço escolar que, para a maioria das crianças,
o processo de desenvolvimento da escrita ocorre de forma sistemática. Todavia, na etapa da
alfabetização, muitos desses alunos ainda apresentam dificuldades em transpor o processo da
escrita, impedindo-os a apropriação de outros conhecimentos. Pela influência da teoria exposta
na obra Psicogênese da Língua Escrita das pesquisadoras Emília Ferreiro e Ana Teberosky
(1984), as crianças passam por um processo de construção da escrita baseado em níveis de
hipóteses, a citar: pré-silábica, silábica, silábica-alfabética e alfabética. Desse modo, a questão
norteadora deste trabalho foi: quais níveis de hipóteses de escrita encontram-se os alunos que
estão na etapa da alfabetização, pertencentes a três turmas de 1º, 2º e 3º ano, nos municípios de
Osório e Tramandaí, na perspectiva de professoras alfabetizadoras? A metodologia a este
estudo pautou-se em uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo. Os
procedimentos para a coleta dos dados consistiram em um questionário semiestruturado
realizado com três professoras que atuam nesses anos iniciais do Ensino Fundamental de Nove
Anos. Observou-se que os alunos do 1º, 2º e 3º ano, que correspondem aos anos iniciais do
Ensino Fundamental de Nove Anos, foram identificados pelas professoras em diferentes níveis
de desenvolvimento para a apropriação da escrita, desde o nível hipotético pré-silábico à escrita
alfabética, e que há, em uma mesma turma, diferentes níveis. Este estudo permitiu compreender
a importância do período de sondagem bem como perceber que o professor alfabetizador tem
papel fundamental nesse momento de desenvolvimento dos alunos, valorizando os passos
evolutivos que estes percorrem. Além disso, observa-se que cada passo tem características
específicas de aprendizados que colaboram para a obtenção de avanços progressivos no
processo de sua construção de escrita. |
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