Resumo:
A soja (Glycine max) é a oleaginosa mais cultivada e está entre os quatro grãos mais produzidos no mundo, como o milho, trigo e arroz. O Brasil é atualmente o maior produtor mundial de soja, sendo que, o arranjo espacial das plantas influencia diretamente na competição intraespecífica, pelo uso dos recursos do ambiente, como água, luz e nutrientes. A redução do espaçamento entrelinhas da soja é alvo de pesquisa da comunidade cientifica em vários países, no entanto, as respostas ainda são facultativas, devido as condições ambientais, mudança nas características morfofisiológicas das cultivares de soja, aumento da expectativa de produtividade de grãos, entre outros. De tal maneira, o objetivo desse trabalho é avaliar o desempenho agronômico da soja em função do arranjo espacial de plantas e da suplementação hídrica. O trabalho foi conduzido na área experimental da Estação Agronômica da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) Unidade em Cachoeira do Sul, realizado em três safras agrícolas (2018/19; 2019/20 e 2020/21). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com parcelas subdivididas e quatro repetições, em esquema fatorial (4x2), constituídos pela combinação de quatro arranjos espaciais de plantas (entre linhas espaçadas em 0,25 m, 0,50 m e 0,50x0,25 m e 0,75m) e, dois manejos de irrigação (irrigado e não irrigado). O arranjo espacial impactou em pelo menos dois anos dos três avaliados, nas variáveis vagens planta-1, nós produtivos-1, altura de plantas e MMG. Já o fator regime hídrico proporcionou diferenças significativas em todos as variáveis das safras 2019/20 e 2020/21. Na última safra (2020/21) o arranjo espacial das plantas e o regime hídrico adotado, impactaram em efeitos significativos e na interação entre esses fatores para os componentes de vagens planta-1, grão vagem-1, altura de planta, MMG e produtividade de grãos.