REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL UERGS

Caracterização da transmissão de um dicistrovírus na abelha sem ferrão mandaçaia (Melipona quadrifasciata Lepeleiter, 1836)

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dc.contributor.advisor Haag, Karen Luisa
dc.contributor.author Pozzobon, Luciano Cesar
dc.date.accessioned 2021-11-19T10:53:36Z
dc.date.available
dc.date.issued 2021
dc.date.submitted 2021
dc.identifier.uri https://repositorio.uergs.edu.br/xmlui/handle/123456789/1814
dc.description.abstract Melipona quadrifasciata é uma abelha sem ferrão nativa do Brasil, chamada popularmente de “mandaçaia”. Uma doença acomete esta espécie todos os anos no final de março em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, conhecida pelos meliponicultores como “mal de março”. Diversos fatores estão relacionados à síndrome anual da mandaçaia, que ocasionam a queda da imunidade dos indivíduos. As abelhas adultas são encontradas rastejando com a probóscide evertida, com sintomas de paralisia ou mortas no interior ou no entorno da colônia. Dentre os vírus que infectam as mandaçaias, o vírus da família Dicistroviridae Melipona quadrifasciata Virus 1 b (MqV1b) é encontrado em indivíduos da cidade de Boqueirão do Leão (RS), local onde também foram detectados sintomas em mandaçaias. Sintomas similares são relatados em abelhas Apis mellifera infectadas pelos vírus Israeli Acute Paralisys Virus (IAPV) e Acute Bee Paralisys Virus (ABPV), da mesma família. O propósito deste estudo foi caracterizar o mecanismo de transmissão viral do vírus MqV1b entre os estágios de desenvolvimento da abelha mandaçaia e o papel dos recursos alimentares na transmissão horizontal. Uma colônia de M. quadrifasciata foi coletada na cidade de Boqueirão do Leão (RS), a qual se encontrava debilitada, apresentando sintomas característicos do “mal de março”. Extraiu-se RNA de 47 amostras representando todos os estágios de desenvolvimento da mandaçaia, bem como o mel e pólen estocados na colônia. A detecção do vírus MqV1b foi executada por PCR. Todos os estágios de desenvolvimento apresentaram infecção viral (29 de 45 amostras) e o vírus esteve presente no mel e no pólen estocados na colônia. A transmissão do vírus MqV1b pode ocorrer horizontalmente entre as abelhas adultas, provavelmente por trofalaxia e pela ingestão do mel e pólen estocados. Outro mecanismo de transmissão horizontal pode acontecer por meio do alimento larval, em que as abelhas nutrizes transferem partículas virais para a prole em desenvolvimento. Além disso, a rainha pode transmitir o vírus verticalmente depositando ovos com partículas do vírus MqV1b e causando a infecção da prole. Desta forma, colônias de mandaçaia acometidas pelo “mal de março” estão suscetíveis a infecções virais que podem agravar a síndrome e ocasionar o colapso da colônia. A presença do vírus MqV1b nos potes de mel e pólen estocados é um mecanismo de permanência do vírus na colônia, representando uma fonte recorrente de transmissão horizontal.
dc.language.iso 210602s2021####bl#a###fr###########por#d
dc.subject Melipona quadrifasciata
dc.subject Dicistrovirus
dc.subject Produção intelectual - Uergs
dc.subject Viral transmission
dc.title Caracterização da transmissão de um dicistrovírus na abelha sem ferrão mandaçaia (Melipona quadrifasciata Lepeleiter, 1836)
dc.type Trabalho de conclusão e Relatório curricular
local.contributor.advisor-co Konzen, Enéas Ricardo
local.description.areasdoconhecimento M638.1


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