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O presente trabalho teve como objetivo avaliar a composição centesimal (umidade,
cinza, proteína, lipídio e carboidratos) de grãos de cultivares crioulas de milho
cultivadas e melhoradas pelos agricultores ao longo dos anos nas propriedades
rurais do Vale do Taquari/RS. Para efeito de comparação foi avaliada uma variedade
convencional cultivada do município de Anta Gorda/RS. Foram avaliadas as
seguintes cultivares crioulas: asteca, bico de ouro, mato grosso, oito carreiras,
pururuca e taquarão branco, oriundas de guardião de sementes do município de
Dois Lajeados/RS. Os métodos utilizados para determinação de umidade, lipídeos,
cinzas, proteínas e carboidratos foram: secagem direta em estufa à 105ºC, método
soxhlet, mufla à 550-570°C, método micro kjeldahl modificado e cálculo da diferença
entre cem (100) e o somatório dos constituintes da composição centesimal,
respectivamente. Nos resultados da composição química dos grãos, a análise de
variância indicou que há diferença significativa entre as cultivares analisadas, onde
observou-se que o teor de umidade das variedades avaliadas variou de 11,6% a
17,7%. Os maiores teores de cinza foram observados nas variedades pururuca
(1,6%) e convencional (1,57%). A cultivar convencional foi a que apresentou o maior
teor de proteínas (11,30%), bem como o maior teor de lipídeos, mas não diferiu
significativamente das cultivares crioula bico de ouro, mato grosso, oito carreiras,
pururuca e taquarão branco. A cultivar pururuca apresentou o maior teor de
carboidratos, não apresentando diferença significativa em relação à asteca e mato
grosso. Observou-se que há um potencial de adaptação das variedades crioulas na
região do Vale do Taquari/RS e se constitui em uma alternativa à propriedade que
deseja utilizar baixo nível tecnológico. |
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