O Brasil deixou de ser um importador de alimentos e se transformou em um dos maiores exportadores do mundo. A economia brasileira hoje depende fortemente de dois de seus mais importantes recursos renováveis: terra agriculturável e, mais
amplamente, sustentabilidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de
diferentes plantas de coberturas de inverno e da inoculação com Azospirillum brasiliense sobre no desenvolvimento e produtividade das culturas de soja e milho. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, bifatorial com parcelas subdivididas e com 3 repetições. O fator A consistiu da inoculação nas
sementes de bactérias do gênero Azospirillum brasiliense (aplicado ou não) e o fator B da semeadura direta sobre diferentes palhadas, sendo estas: aveia preta, azevém e centeio. A produtividade de grãos da cultura do milho não apresentou diferença estatística entre os tratamentos avaliados, variando de 53,9 sacas ha-1 no azevém sem Azospirillum até 69,53 sacas ha-1 na aveia com Azospirillum. Os resultados obtidos na produtividade de grãos da cultura da soja não apresentaram diferenças estatísticas em relação à inoculação com Azospirillum, mas em relação as plantas de cobertura se destacaram a aveia com 5019 Kg ha-1, o centeio com 4714 Kg ha-1 e o
azevém com 4523 Kg ha-1. A utilização da inoculação de Azospirillum brasiliense não
influenciou de maneira significativa as culturas de inverno e verão. As plantas de coberturas influenciaram pouco na produtividade da soja, porém as com maiores índices de massa seca, como a aveia, resultaram em um acréscimo na produtividade
da cultura de soja.