O Brasil é o maior produtor mundial de soja, sendo que, para a cultura ter uma boa
produtividade é preciso atender suas demandas nutricionais. O nutriente exigido em maior quantidade pela cultura é o nitrogênio, o qual pode ser disponibilizado pela fixação biológica de nitrogênio (FBN), que ocorre pela simbiose entre plantas de soja e bactérias do gênero Bradyrhizobium. Além da FBN, outras bactérias possuem capacidade de promover benefícios nas propriedades do solo e para as plantas,
auxiliando no crescimento vegetal, colonizando a rizosfera ou os espaços intercelulares, produzindo hormônios e liberando nutrientes para as raízes. Assim, este trabalho teve como objetivo analisar o efeito de diferentes estratégias de inoculação, co-inoculação e adubação foliar no desempenho da cultura da soja. Um experimento foi conduzido a campo com a cultura da soja no ano agrícola de
2020/2021, com delineamento experimental inteiramente casualizado com parcelas
subdivididas, em esquema trifatorial, sendo o fator A composto por diferentes bactérias de inoculação/co-inoculação (Bradyrhizobium japonicum, Azospirillum brasilense e Bacillus subtilis + Bacillus megaterium); o fator B de métodos de aplicação da inoculação/co-inoculação (aplicação no sulco de semeadura e no tratamento de sementes) e o fator C consistiu da aplicação de fertilizante foliar (com aplicação e sem). A co-inoculação com Bradyrhizobium + Azospirillum + Bacillus subtilis; Bacillus megaterium, realizada via sulco de semeadura, foi o tratamento que resultou em maior produtividade da cultura da soja. A inoculação via sulco de semeadura resultou na melhor resposta da soja, incrementando a produtividade em nove sacos por hectare em comparação à inoculação na semente. A adubação foliar à base de Cobalto e Molibdênio não resultou em respostas na cultura da soja.