Comportamento pós-colheita de tomates (Solanum lycopersicum) crioulos cultivados na Serra Gaúcha

Abstract

Variedades crioulas possuem grande importância na produção de alimento agroecológicos da agricultura familiar. São materiais mantidos e repassados entre gerações que carregam consigo a história de um povo e promovem a conservação da biodiversidade. Para melhorar o aproveitamento dessas variedades, reduzindo as perdas de frutos e auxiliar o produtor na tomada de decisão para o ponto de comercialização, é importante o conhecimento do comportamento pós-colheita dessas variedades. Portanto, o objetivo deste trabalho foi determinar o tempo de armazenamento de sete acessos de tomateiros crioulos, coletados na região da Serra Gaúcha. Para isto, parâmetros físico-químicos de qualidade foram avaliados em dois sistemas de armazenamento: em ambiente (25°C) e sob refrigeração (4ºC), por 14 dias. Semanalmente avaliou-se pH, teor de sólidos solúveis, acidez titulável, peso e firmeza da polpa. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e as médias foram analisados pelo teste de Tukey (5%). Os resultados apontam que o ambiente sob refrigeração manteve elevada a firmeza de polpa, os sólidos solúveis e a acidez titulável e, reduziu o pH. Nestas condições, aos 14 dias, os frutos apresentavam-se em condições de comercialização in natura, enquanto os frutos em temperatura ambiente já estavam em processo de senescência. Tomates crioulos podem ser armazenados por 14 dias, em refrigerador doméstico (4ºC), sem perdas consideráveis de parâmetros físico-químicos.