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Este estudo visa analisar a literatura oral africana tanto como prática social quanto instrumento para a legitimação de políticas afirmativas em defesa dos povos tradicionais. Entretanto, não o fizemos apenas com teorias ou teóricos (as) não africanos, entendemos como fundamental, que se priorize as formulações daqueles que, imersos na cultura que lhe é própria, pudessem nos conduzir por perspectivas, pareceres e entendimentos que estão além das nossas referências, visto que, dentro dos espaços escolares, a cultura negra se quer fora considerada como parte dos nossos currículos até 2003. A oralidade para as culturas africanas é um conceito amplo e complexo, é instrumento para a transmissão de valores e parte de uma cosmovisão de resistência e convivência com o que lhes é sagrado. Esse exercício foi feito tendo como teórico de referência o pesquisador Butoa Balingene e sua classificação de contos, reunida na apostila Alguns contos africanos, de 2016, permitindo-nos ser instrumento de análise documental para os contos reunidos por Avani Souza Silva, no livro A África recontada para crianças, de 2020. Desse modo, mais que uma análise acerca da literatura oral africana impressa e difundida em solo brasileiro, este estudo assume um compromisso com a valorização étnica do povo negro e, assim, com uma pedagogia antirracista. |
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