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O período de adaptação das crianças pequenas é um processo em que elas se deparam com novas vivências, experiências e novas realidades de rotinas, que demandam um olhar atento de todos os envolvidos nas instituições da Educação Infantil. As diferentes reações expressas pelas crianças poderão ser de desconforto, insegurança, ansiedade, variações de sentimentos, emoções, que afloram nos pequenos, e poderão ocorrer desde a entrada delas na escola, e até mesmo quando trocam de turmas no interior da mesma escola, ou oriundas de outras escolas. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo compreender o processo de adaptação na Educação Infantil e, analisar sob o olhar de profissionais de crianças bem pequenas como ocorre na prática o período de adaptação em suas turmas e as reações expressadas e manifestadas pelas crianças. O estudo de campo foi realizado com duas professoras e duas auxiliares, que atuam em duas turmas do Maternal-I, de uma escola particular situada no município de Capão da Canoa, estado do Rio Grande do Sul. Apresenta-se neste trabalho uma revisão de literatura de autores que mais aproximavam-se da temática em questão, além da Educação Infantil à luz da legislação brasileira, leis e diretrizes a partir da década de 1980. Nos referenciais teóricos sobre as transições na perspectiva da adaptação na Educação Infantil permeiam discussões sobre conceitos, o processo de adaptação e inserção de crianças bem pequenas na creche e o papel dos educadores de infância. O exercício analítico busca sob o olhar das profissionais refletir sobre este período e processo. Diante dos estudos realizados considera-se que o período de adaptação é fundamental e necessário quando da entrada da criança à creche, bem como quando da chegada delas à uma turma diferente, que depende muito de como se efetiva o processo, das relações com todos os envolvidos, principalmente o olhar atento às reações expressadas pelas crianças, e que o processo pode ser lento e gradual. Na perspectiva das profissionais que atuam nas turmas do Maternal I, consideram ser importante o período de adaptação, ocorrem constantes choros, mas que o acolhimento, com muito afeto, carinho, paciência com as crianças nesta fase de inserção deve ser relevante. Deve-se lançar um olhar atento para cada criança e não apenas no coletivo, nas práticas cotidianas nossos olhares devem se direcionar ao sujeito-criança de forma integral. Para atuar com crianças bem pequenas, exige-se práticas por meio de experiências lúdicas, que envolvem o duplo objetivo: o cuidar e do educar. |
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