Essa pesquisa se faz a partir do contato com crianças em um espaço não-formal de
educação e move-se em direção à cartografia de seus cantos e músicas
relacionando-os com os tempos desmedidos vividos pela infância. Os pensamentos
que alimentam as problematizações aqui sustentadas, se fazem a partir da
contribuição de alguns autores que convido a compor este trabalho: Dulcimarta
Lemos Lino, Teca Alencar de Brito, Lydia Hortélio, Gilles Deleuze, Felix Guattari,
entre outros. Algumas questões disparadoras se apresentam para ajudar na
construção deste território de estudo: Como ocorre o canto das crianças no contexto
de um espaço não-formal de educação? Que aspectos influenciam na manifestação
do mesmo? Quais os encontros possíveis entre o tempo desmedido das infâncias e
seus cantos espontâneos? Como o tempo desmedido das infâncias pode aparecer
sonoramente? O método escolhido para inventar essa pesquisa é a cartografia, que
propõe o acompanhamento de processos em curso. Assim, o objetivo desta
pesquisa é cartografar os movimentos cantantes que ocorrerem de forma
espontânea entre as crianças neste espaço.