Neste trabalho busco o encontro da prática como pesquisa, um processo de criação
com base no improviso do movimento não codificado através da improvisação. Como
essa estrutura física ativa memórias corporais tão fortes? A minha vivência como
pessoa nesse lugar de construção do corpo por meio da dança busca relacionar o
aqui e o agora na cena. Como ativo, no meu cérebro, memórias corporais tão rápidas
de criação para o meu corpo? Nesta pesquisa, apresento como o corpo de uma artista
se forma a cada passo e movimento executado: a descoberta está sendo a partir de
impulsos e experiências corporais sobre um olhar artístico para a neurociência. O
momento presente da cena se torna relevante porque acredito que onde encontramos
uma nova versão da palavra “dança”, podemos nos ligar com outros segmentos e
histórias baseadas nas conexões corporais da criatividade, nos envolvendo com
respingos de dramaturgia. Indo em busca desse corpo expansivo, podemos achar
uma reconstrução de um significado corporal buscando se autodescobrir e
movimentar o caos. Encontrei peças importantes para uma nova versão da história, o
improviso do movimento e o resultado cada vez mais constante com cada descoberta.
O público se identifica com a não pragmática da linguagem da dança, podendo se
descobrir com o corpo-mente totalmente submerso preparado para dançar o que já
vivenciou ou até mesmo o que pratica, podendo se reinventar desse tal corpo que está
em constante improvisação para achar outra forma corporal daquele que já se
construiu. Por fim, encontro, na questão do presente corpo e do movimento, a parte
das ações que formam um todo e quer continuar construindo tudo isso com um novo
olhar para o movimento, surgindo novas estratégias de improviso na cena do imediato.