Resumo:
Um dos principais problemas da ovinocultura é o parasitismo causado por nematoides gastrintestinais que acarretam grandes prejuízos na atividade, e que muitas vezes inviabilizam a produção econômica. A utilização de anti-helmínticos se torna cada vez mais frequentes nas propriedades, contribuindo assim para a resistência parasitária. Devido a essa resistência criada pelos parasitas aos anti- helmínticos sintéticos, é notória a necessidade de conhecer-se quais produtos ativos estão sendo mais eficazes em cada rebanho e, da mesma forma, quais não o são, para então evitá-los. Através desse trabalho, buscou-se avaliar a existência de resistência à produtos anti-helmínticos em parasitas gastrintestinais de ovinos em duas propriedades rurais no município de Cachoeira do Sul – RS, Brasil. . Em cada propriedade foram utilizados 50 ovinos, nas categorias ovelha e cordeiro, sendo que os animais da propriedade 1 eram da raça Texel, e na propriedade eram cruza Ideal/Merino Australiano. Na propriedade 1, testou-se os anti-helmínticos disofenol, monepantel, levamisol, moxidectina e closantel. Enquanto na propriedade 2 utilizou- se disofenol, monepantel, levamisol, ivermectina e closantel. A redução na contagem de ovos por grama de fezes (RCOF) foi calculada conforme Coles et al. (2006), e o resultado utilizado para classificar a efetividade de cada anti-helmíntico de acordo com BRASIL (1997). O gênero Haemonchus predominou entre os helmintos encontrados nos dois rebanhos. Os únicos anti-helmínticos considerados moderadamente efetivos foram Closantel (propriedade 1) e Monepantel (propriedade 2), sendo os demais classificados como insuficientemente ativos, evidenciando assim a ocorrência de resistência aos produtos anti-helmínticos.