Resumo:
A demanda crescente pela alta produtividade e rentabilidade da cultura do milho traz
à tona a necessidade de utilização de novas técnicas que possam atingir essas metas,
diminuindo custos de produção sem prejudicar o meio ambiente. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar as respostas da cultura do milho à inoculação das sementes com Azospirillum brasilense e a aplicação de diferentes doses de adubação nitrogenada em cobertura. Um experimento à campo foi conduzido na safra 2021/2022 na Estação Agronômica da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), na localidade de Três Vendas, no município de Cachoeira do Sul-RS. Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, com 3 repetições, em esquema
bifatorial, sendo o fator A composto pela inoculação das sementes com Azospirillum
brasilense (com e sem inoculação) e, o fator D por diferentes doses de nitrogênio em cobertura (0; 75; 150 e 225 Kg N ha-1). Foram avaliadas às respostas da cultura do milho em relação ao desempenho das plantas (altura de plantas, altura de inserção de espigas, comprimento das espigas, número de fileiras por espiga, número de grãos por fileira, massa de mil grãos) e produtividade de grãos. As variáveis altura das plantas, altura de inserção da espiga, comprimento de espiga, número de fileiras por espiga e número de grãos por fileira não apresentaram diferenças estatísticas em relação à utilização da inoculação. A massa de mil grãos e a produtividade de grãos apresentaram incremento apenas quando da utilização da inoculação acompanhada da aplicação de 0 Kg N ha-1, nas demais não houve efeito significativo. Em relação as doses de N aplicadas, houve incremento em praticamente todas as variáveis analisadas até a dose de 150 Kg de N ha-1, não havendo acréscimos na dose de 225 Kg ha-1 . Assim, destaca-se a importância de realizar a inoculação e a adubação nitrogenada em cobertura de forma racional, contribuindo para a sustentabilidade econômica e ambiental do cultivo do milho.