Avaliação de diferentes formas de adubação potássica no rendimento da soja e percepção dos produtores quanto ao seu manejo

Abstract

O estado do Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de soja do país, sendo este grão de fundamental importância para a economia estadual e nacional. Os grãos da soja são atualmente requisitados por diversos países em todo o mundo, e a sua produção deve ser suficiente para suprir as necessidades do país, para que a produtividade a ser atingida deve crescer de forma igual à demanda requisitada. Nessa perspectiva, o presente trabalho avaliou as diferentes formas de aplicação de adubo potássico (KCl) na cultura da soja (no sulco de semeadura e à lanço), em diferentes épocas de aplicação (aplicação totalmente em présemeadura, ou fracionada, em sulco de semeadura e após a emergência das plantas), a fim de analisar a disponibilidade de potássio no solo pós-experimento, a produtividade, peso de mil grãos e massa seca de plantas, que apresentaram diferentes resultados, bem como, foi avaliado com base em entrevistas realizadas com os produtores da região, qual seria a forma mais prática e mais eficiente, em sua opinião, de aplicação desse tipo de fertilizante, apresentando 4 formas de aplicação em diferentes épocas para os produtores. Os produtores fizeram suas colocações e o presente trabalho retratou que, das formas testadas, não houve diferença estatística para as variáveis massa seca de plantas, peso de mil grãos e produtividade, mesmo que o tratamento com aplicação fracionada de 50% em sulco de semeadura e 50% antes da emissão do 2° trifólio da soja tenha apresentado números maiores em relação ao tratamento testemunha. Quanto às entrevistas realizadas com os 12 produtores, que foram escolhidos de forma a representar os pequenos, médios e grandes produtores do município, 50% dos entrevistados acreditam que a forma mais eficiente de aplicação do fertilizante potássico (KCl) para a cultura da soja seja à lanço na pré-semeadura, enquanto que a forma mais prática seria a aplicação total no sulco de semeadura (58,3% dos entrevistados) pois não se faria necessária outra entrada na lavoura para aplicação deste fertilizante. Nas entrevistas, foi observado um certo receito por parte dos agricultores em utilizar adubação potássica logo na semeadura, mesmo que considerem esta a forma mais prática de aplicação, visto que esse tipo de fertilizante pode vir a causar um efeito salino no solo e prejudicar o desenvolvimento da planta.