Os campos do Rio Grande do Sul apresentam baixa oferta de forragem no outono/inverno entre os meses de março a setembro, tendo como alternativa a implantação de pastagens anuais como azevém (Lolium multiflorum), possibilitando preencher o vazio forrageiro dessas estações. A deficiência de nutrientes é uma das principais causas de degradação de pastagens. Entre os elementos presentes no solo, o nitrogênio destaca-se como crucial para o crescimento adequado das plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de massa seca de azevém, taxa de decomposição e crescimento de raiz em função da utilização de cama de aviário e inoculação de Azospirillum brasilense. O experimento foi conduzido a campo na safra 2022 na Estação Agronômica da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, situada na localidade de Três Vendas (29o53’ S e 53o 00’ W, altitude de 125 m), município de Cachoeira do Sul na Região Central do Estado do Rio Grande do Sul. Os tratamentos consistiram na combinação entre aplicação e não aplicação de cama de aviário e inoculação e não inoculação com A. brasiliense. Na avaliação da massa seca observou-se que no primeiro corte não houve diferença entre os tratamentos. Já no segundo corte, o tratamento com A. brasilense apresentou maior produtividade comparado com o experimento sem A. brasilense, 4500kg ha- 1. Na avaliação da taxa de crescimento de azevém, observa-se que os tratamentos com A. brasilense e com cama de aviário, foram superiores aos tratamentos sem A. brasilense e sem cama de aviário, obtendo quase o dobro de produção de massa seca de azevém por dia. A inoculação com A. brasilense teve efeito positivo na produção de massa seca de azevém, maior decomposição dos resíduos e maior comprimento de raízes quando associado com cama de
aviário.