Narrativas de práticas formativas: vivências experenciadas no estágio curricular supervisionado I: educação infantil

Abstract

Com a estrutura legal vigente em nosso país -Constituição Brasileira (1988), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) - a Educação Infantil passou a fazer parte da Educação Básica como sua primeira etapa. Adveio a concepção de a criança como sujeito de direitos, cabendo ao Estado responsabilizar-se pelo cuidado e a educação desde o seu nascimento, em complementação à ação da família. Oriundas desses princípios, as Creches e Pré-escolas passam a assumir a dupla função da indissociabilidade do cuidar e do educar das crianças que atendem. À vista disso, cabe aos profissionais e aos educadores da infância, lançar novos olhares sobre as crianças, nas suas singularidades e jeitos próprios de se desenvolver e aprender. Nesse contexto, o presente Trabalho de Conclusão do Curso de Pedagogia, narra algumas ações pedagógicas vivenciadas numa turma do Maternal I, durante o Estágio Supervisionado I: Educação Infantil, elencando algumas experiências pedagógicas vivenciadas no âmbito da escola pública, que se constituíram em práticas formativas de saberes e fazeres docentes. Sob a perspectiva do uso de uma abordagem metodológica com foco nas narrativas, em uma perspectiva qualitativa segundo Minayo (2002), fundamentou-se também em Benjamin (1993, p. 201, apud SILVA SOUSA; OLIVEIRA CABRAL, 2015), Abrahão e Passeggi (2012). Os documentos normativos constitucionais, leis, diretrizes para a Educação Infantil, contribuem nas reflexões. O trabalho conta também com referências de vários autores, entre esses destacam-se: Ostetto (2000, 2008), Perrenoud (2002); Nóvoa (1995); Tardif (2000, 2002); Libâneo (2001); Carvalho e Fochi (2017); Barbosa (2010, 2014); Duprat (2014); Redin e Fochi (2014), Pimenta (1997, 2019), dentre outros. Considera-se que, a partir dessas narrações e reflexões formativas e dos estudos ampliados sobre saberes e fazeres docentes na Educação Infantil, o cuidar e o educar é um compromisso educacional. Considera-se, ainda, que nas práticas de experiências também nos percebemos como coconstrutoras de nossas jornadas de aprendizagens. Quando se concebe que cada criança é única, tendo sua maneira própria de ser e agir, nos tornamos educadores da infância, talvez não só pelos nossos saberes e fazeres, que são imprescindíveis, mas pelos delas também. Não há fórmulas, receitas prontas para a prática pedagógica, porém cabe ao professor produzir o seu planejamento de acordo com a realidade vivenciada.