Potencial de utilização de energias renováveis para suprir a demanda energética da agricultura familiar gerando desenvolvimento com sustentabilidade ambiental: produção familiar de leite
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Potencial de utilização de energias renováveis para suprir a demanda energética da agricultura familiar gerando desenvolvimento com sustentabilidade ambiental: produção familiar de leite
Para auxiliar na viabilidade do negócio da produção leiteira de agricultura
familiar busca-se uma pesquisa sobre as possibilidades de redução do custo e
melhora da energia junto ao processo de trabalho destas propriedades. A agricultura
familiar brasileira possui uma relação direta com a segurança alimentar do nosso
país, de forma que há leis federais desenvolvidas com o intuito de fortalecer e dar
sustentabilidade a essas famílias para manterem-se no campo. Os principais
objetivos dessa pesquisa são classificar os estabelecimentos agropecuários
gaúchos quanto a tipologia, mapear a produção de leite, avaliar a qualidade do
fornecimento de energia elétrica através de indicadores coletivos de continuidade e
levantar os dados sobre a presença de geração distribuída em propriedades rurais.
Esse trabalho apresenta abordagens teóricas sobre a produção de leite no Rio
Grande do Sul associada com análise da qualidade do fornecimento de energia
elétrica através dos indicadores coletivos de continuidade e a distribuição de
geração distribuída nos 497 municípios gaúchos. A análise é realizada através de
dados estatísticos publicados por agência reguladora e institutos de pesquisa nos
anos de 2017 e 2019. Os resultados mostram que a agricultura familiar é
responsável por mais de 86% do leite cru comercializado no estado. Em 301
municípios a duração equivalente de cada interrupção de energia elétrica (DEC) foi
superior ao limite estabelecido, o que afeta negativamente a produção e
armazenamento do leite. Já a geração distribuída através de fontes de energia
renováveis já está presente em propriedades rurais está presente em 73% dos
municípios gaúchos e tem com principal fonte a energia solar fotovoltaica. A
agricultura no Rio Grande do Sul é classificada como familiar visto que representa
mais de 80% dos estabelecimentos agropecuário e ocupa uma área média de 19
hectares. A energia solar fotovoltaica avança a passos largos no estado e aos
poucos vai se espalhando para o campo. No entanto, o alto custo inicial e as
incertezas quando a legislação vigente para geração distribuída dificulta a projeção
de retorno no meio rural onde a margem de lucro é reduzida.