A soja é uma oleaginosa, pertencente a família Fabaceae. É empregada tanto na alimentação humana e animal. Mundialmente difundida, no Brasil o farelo e o óleo de soja ocupam primeira posição em exportações. O nitrogênio (N) é um dos nutrientes mais requeridos pela cultura e pode ser obtido através de quatro fontes: do solo, fertilizantes nitrogenados, fixação não biológica e a fixação biológica de nitrogênio (FBN). A FBN é realizada por diversas bactérias, chamadas de diazotróficas. Dentre estas, estão os rizóbios, que são simbiontes com leguminosas e associativas, que
interagem com plantas de diferentes famílias. Neste sentido, o objetivo deste trabalho
foi avaliar o efeito da coinoculação de bactérias dos gêneros Bradyrhizobium e
Azospirillum na produtividade da soja. Parte do estudo foi conduzido a campo na Linha
XXI de Abril no município de Guaporé – RS, e parte das análises no Laboratório da
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade em Cachoeira do Sul. A variedade utilizada foi a Pioneer 95R51 e o delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, com quatro repetições e com quatro tratamentos (1) - Coinoculação com Bradyrhizobium e Azospirillum; (2) - Inoculação com Bradyrhizobium; (3) - Inoculação com Azospirillum; (4) - Testemunha sem inoculação.
Cada parcela possuía uma área de 12 m2 (2 m de largura x 6 m de comprimento), constituídas por 5 linhas de semeadura de soja. As avaliações realizadas foram: a produtividade de grãos e o número de nódulos das plantas. A partir do conjunto de dados submetidos a uma análise de teste de médias Dunnett a 10% de probabilidade
de erro, observou-se que coinoculação de sementes com as bactérias dos gêneros
Bradyrhizobium e Azospirillum, embora sem diferenças de produtividade, pode contribuir com o aumento de número de nódulos por planta.