O ambiente de conservação é essencial na manutenção da qualidade fisiológica das sementes, e dentro dele, a forma como é armazenada a semente e o tipo de embalagens são fatores determinantes no êxito deste processo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito do ambiente e do período de armazenamento na qualidade fisiológica de sementes de milho. Foi utilizada a variedade crioula Bico de Ouro pertencente ao Banco Comunitário de sementes crioulas da UERGS – NEA Gaia com teor de água de 12%. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com os tratamentos arranjados em esquema fatorial 4x4, com quatro repetições. Os fatores avaliados foram quatro tipos de armazenamento (sacola plástica na geladeira, garrafa PET na geladeira, garrafa PET a temperatura ambiente e garrafa PET no freezer) e quatro tempos de armazenamento (6, 8, 10 e 14 meses). A qualidade fisiológica das sementes conservadas foi mensurada a partir da avaliação dos testes de envelhecimento acelerado (EA), teste de frio (TF) e teste de germinação (TG). Os resultados mostraram interações altamente significativas (P<0.001) para todas as variáveis avaliadas. Dentre os tipos de embalagens testadas, a garrafa PET conservada à temperatura ambiente é a que mais perde qualidade fisiológica, se considerados os testes de EA (77%) e TF (37,5%) aos 14 meses de armazenamento. Quando considerado o TG, as percentagens mais baixas foram obtidas ao conservar durante 10 e 14 meses em condições de garrafa PET no freezer (85 e 87%, espectivamente). A conservação na garrafa PET na geladeira é a forma de armazenamento que promove a melhor manutenção (14 meses) da qualidade fisiológica das sementes de milho crioulo var.
Bico de Ouro.