Resumo:
A vitivinicultura vem se destacando na região da Campanha gaúcha devido às condições edafoclimáticas favoráveis para o cultivo de uvas de qualidade, proporcionando um terroir especial para a elaboração de vinhos e espumantes. Uma das dificuldades na vitivinicultura são os problemas fitossanitários, que se não contornados podem trazer sérios prejuízos econômicos. A principal doença fúngica da videira é o míldio, causando grandes perdas na produção e ocasionando para o produtor custos elevados para o controle da doença, levando a utilização de grandes quantidades de produtos químicos. Sendo assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação de diferentes caldas como alternativa parao controle preventivo do míldio, bem como os parâmetros agronômicos em videiras das cultivares Syrah e Tannat.O experimento foi desenvolvido durante a safra 2018/2019 no município de Santana do Livramento, Rio Grande do Sul. As caldas orgânicas foram preparadas no laboratório da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, onde os tratamentos consistiram na aplicação de caldas de camomila, cavalinha, alho, gengibre, capim-limão, calda bordalesa, além das plantas testemunhas. Foram realizadas treze aplicações de caldas nas videiras durante o período vegetativo, em plantas selecionadas ao acaso. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições de uma planta. Avaliou-se a incidência de míldio no pomar durante o período das aplicações e os parâmetros agronômicos de altura da planta, diâmetro do porta-enxerto, diâmetro do caule, números de folhas e números de cachos das videiras. Em todo período vegetativo não houve incidência significativa de míldio nas videiras. A maior porcentagem de inibição do míldio foi evidenciada pela calda de camomila, indicando um potencial no controle alternativo para doença fúngica do míldio em videiras. A avaliação dos aspectos agronômicos não demonstrou diferença entre os tratamentos utilizados nas cultivares Syrah e Tannat.
