Este trabalho tem como tema o uso do material apostilado na Educação Infantil, com objetivo de compreender as percepções de professoras que utilizaram esse material com crianças da préescola. A investigação é de abordagem qualitativa, um estudo de caso, tendo como instrumento a aplicação de um questionário on-line, através da plataforma digital google forms, junto a três professoras da rede pública de um município do litoral norte do Rio Grande do Sul. O referencial teórico e legal da investigação apoia-se em autores da área da Educação Infantil e da Didática, bem como nas legislações e documentos orientadores da educação nacional. Além disso, o estudo dialoga com pesquisas sobre Sistemas Apostilados e Livros Didáticos na etapa da Educação Infantil. A análise dos dados gerados pelo questionário possibilitou a reflexão acerca da utilização dos materiais apostilados na Educação Infantil, organizando-se em três eixos principais: i) a didática que se configura como aplicacionista e descontextualizada; ii) o planejamento que se afasta da especificidade da educação das crianças pequenas; e iii) o tempo acelerado e distante das infâncias. A partir da investigação, foi possível considerar que o material apostilado afasta-se do que indicam os documentos legais da etapa – Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (DCNEI) e Base Nacional Comum Curricular (BNCC) -. Pontua-se que é importante que seja problematizado o processo de aquisição dos Sistemas Apostilados pelas redes municipais para a etapa da Educação Infantil, sendo imprescindível a escuta dos professores a respeito da implementação dessa abordagem de ensino no seu cotidiano.