Resumo:
A infância tem papel determinante no desenvolvimento das pessoas. Para tanto,
seus entrelaçamentos com a música tornam-se primordiais, desde a mais tenra
idade. Partindo desses pressupostos, o presente estudo teve como objetivo
investigar a prática do canto dirigido entre mães e bebês de zero a dois anos de
idade, analisando as motivações para esta prática, bem como quais as maneiras
que ocorre. Os dados coletados para esta pesquisa foram obtidos a partir da
realização da ação de extensão denominada “Vivências Musicais para Bebês e
Famílias”, vinculada à Universidade Estadual do Rio Grande do Sul que, em sua
segunda edição, foi realizada durante o primeiro semestre de 2021. Esta pesquisa
teve como metodologia a investigação qualitativa, sendo do tipo documental, no
qual analisou os documentos coletados durante as ações da extensão. Para a
análise dos dados obtidos a técnica utilizada foi a análise de conteúdo segundo
Bardin (2016). Para referencial teórico utilizou-se principalmente autores como
Parlato-Oliveira (2019), Ilari (2002), Parizzi (2020), Trehub (1997, 2015), Gordon
(2015) e Kraemer (2000), apresentando conceitos sobre a musicalidade em bebês,
canto dirigido e educação musical informal. Ao concluir observou-se que a prática
do canto dirigido é algo natural no cotidiano das famílias, sendo o mesmo utilizado
principalmente para fazer o bebê dormir, brincar e para dar banho, utilizando
repertório de músicas folclóricas e infantis. Por unanimidade, a prática do canto com
bebês foi considerada pelas mães participantes, muito positiva e benéfica ao
desenvolvimento integral da criança, especialmente sobre a aquisição da linguagem
e criação de vínculos afetivos.