Resumo:
A temática que se refere aos Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) tem importância significativa nos debates acadêmicos, pois hoje muitas crianças vêm sendo diagnosticadas com TGD, sendo que em muitos casos, o diagnóstico vem de
forma tardia, e muitas vezes as mesmas não desenvolvem suas potencialidades, devido à resistência dos pais ou responsáveis legais em aceitarem ajuda especializada. No sentido de problematizar, e provocar o pensamento, esse estudo intitulado “Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Transtornos
Globais do Desenvolvimento: Estratégias e possibilidades”, fez uso tanto da Pesquisa
Bibliográfica como da Pesquisa Documental, de viés qualitativo, tendo por objetivo geral analisar as práticas propostas pelo Ministério da Educação (MEC), a partir dos programas governamentais, para a inclusão dos alunos com Transtorno Globais do
Desenvolvimento na escola regular. Também visou estudar mais a fundo o conceito de Transtorno Globais do Desenvolvimento; verificar aspectos históricos e legais que deram origem ao Atendimento Educacional Especializado no Brasil; investigar estudos já realizados a respeito da inserção de crianças com Transtornos Globais do
Desenvolvimento na rede regular de ensino, a fim de verificar as práticas descritas nos mesmos. Assim, a investigação contemplou o seguinte problema de pesquisa: Quais práticas são propostas pelo Ministério da Educação (MEC), a partir dos
programas governamentais, para a inclusão dos alunos com Transtorno Globais do Desenvolvimento na escola regular? Como documentos, foram analisados o Programa de Educação Inclusiva: Direito à diversidade” (2003) e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), sendo que deles
emergiram duas categorias analíticas, são elas: “O Acesso dos alunos com Transtornos Globais do desenvolvimento” e o “O investimento na formação dos professores”. Após as análises concluiu-se que pouco se vê a respeito da temática que envolve os Transtornos Globais do Desenvolvimento nos documentos escolhidos. A partir dos materiais, percebeu-se que é necessário salientar que o Atendimento Educacional Especializado não substitui o trabalho realizado pelo professor em sala de aula, já que se espera que ambos docentes — tanto aquele que trabalha na Sala de Recursos como o professor da Sala Regular — realizem um trabalho articulado, a fim de contribuir para que haja o desenvolvimento integral da criança com TGD. Assim, faz-se fundamental, também na escola, a construção de espaços saudáveis que priorizem aos alunos a interação com o meio, ou seja, com o educador e demais colegas. Outro aspecto a considerar é que fica expresso, em ambos os documentos, que a formação docente é vista como fundamental e necessária para que a inclusão
se efetive na escola.