Resumo:
O emprego de alimentos funcionais e nutracêuticos como frutas e verduras vêm aumentando na dieta da população, devido ao benefício que alguns componentes proporcionam ao organismo. Entre estes alimentos destaca-se o tomate (Lycopersicon esculentum), fruto carnoso, geralmente consumido de forma in natura, e utilizado nas indústrias alimentícias em diversos subprodutos. Além disso, possui uma grande quantidade de carotenoides, sendo licopeno o principal componente presente no tomate. Na literatura encontram-se descritos diversos processos de separação de compostos bioativos, como licopeno, os quais podem ser realizados de forma convencional e não convencional. Dessa forma, considerando a grande aplicabilidade do tomate na alimentação, bem como, suas propriedades funcionais e antioxidantes, este estudo objetivou realizar uma revisão bibliográfica entre as metodologias convencionais e não convencionais de extrações do licopeno presentes no tomate. Foram detalhadas a especificidade de cada técnica, evidenciando-se a interferência dos solventes orgânicos e as condições utilizados nas extrações. Portanto, verificou-se que as metodologias convencionais são bastante utilizadas devido a sua praticidade e seu baixo custo, ao contrário dos métodos não convencionais, os quais são técnicas relativamente pouco usadas devido ao alto custo. Por outro lado, os meios não convencionais são considerados como tecnologias mais limpas, pois empregam menor quantidade de solvente e menor gasto de energia. Notou-se também que o tipo de solvente interfere na extração de licopeno nas diferentes matrizes descritas, no entanto, observa-se que a escolha do solvente está atrelada ao método de extração e as suas condições.