Resumo:
A fertilidade dos solos é fator determinante para a produtividade da soja (Glycine max), necessitando, assim, uma boa disponibilidade de fertilizantes químicos para sua produção, considerando essa realidade surge a necessidade da busca por fontes alternativas sustentáveis de adubação, a qual destacamos o pó de basalto, aplicado através do processo de rochagem. O objetivo do estudo foi avaliar o desempenho agronômico da cultura da soja em diferentes doses de pó de basalto em Latossolo vermelho. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso, com três repetições, durante a safra 2019/2020. A soja foi semeada em linhas, em áreas com residual de doses de pó de basalto, subsequente ao cultivo do trigo. Os tratamentos foram: 5, 10, 20, 40, 60, 80, 120, 160 e 200 ton/ha de pó de basalto, NPK e testemunha. As avaliações foram de altura da planta, matéria seca da parte aérea, tamanho de folhas, número de vagens e grãos, produtividade de grãos e peso de mil sementes. Altura de plantas, matéria seca da parte aérea e tamanho de folhas não foram influenciadas pelos tratamentos. Já as variáveis número de vagens e de grãos, produtividade de grãos, peso de mil grãos e índice de colheita tiveram diferenças significativas entre os tratamentos. A produtividade atingiu 95 sacas/ha nos tratamentos 120 e 200 ton/ha contra 65 e 87 nos tratamentos 16 Testemunha e NPK, respectivamente. O número de vagens e grãos teve como resultado no tratamento 17 Testemunha 56 e 119 respectivamente, comparando ao NPK e a dose de 200 ton/ha que obtiveram 18 70 e 151; e 94 e 166 respectivamente, uma diferença significativa. A PMS variou de 174,7 a 196 gramas. Portanto, doses superiores a 120 Ton/ha são capazes de substituir totalmente os fertilizantes químicos utilizados atualmente na cultura e ainda possuem a facilidade de não necessitarem de reaplicação.