A arquitetura escolar e a relação com o bem-estar dos estudantes

Abstract

A pesquisa partiu do objetivo de investigar e descrever a relação da arquitetura dos espaços escolares com o bem-estar dos estudantes do século XXI. Justifica-se a pesquisa diante dos avanços teóricos sobre os direitos e possibilidades de desenvolvimento dos estudantes em contraste com escolas desprovidas de condições físicas correspondentes. A metodologia de pesquisa qualitativa bibliográfica teve por base autores relevantes como Singer (1997), Rabitti (1999), Frago e Escolano (1998) e em arquitetos que desenvolveram estudos e propostas projetuais disruptivas, em direção contrária aos modelos escolares tradicionais, como Pazinato (2018), Souza (2018), França (2011), Kowaltowski (2011). Nos resultados do levantamento da literatura descreve-se os educadores que, desde o movimento da Escola Nova, tomaram por referência o bem-estar da criança e na infância a fim de romper com modelos escolares rígidos, por meio da organização espacial da escola em coerência com a propostas educativas alternativas. Na área da arquitetura escolar, as concepções prediais para o século XXI buscaram inspirações na antropologia, psicologia social, sociologia, história da educação e em perspectivas educativas democráticas. Concluiu-se que no Brasil, por mais que ainda vigorem ambientes escolares pouco favoráveis ao bem-estar dos estudantes, de posse dos parâmetros projetuais para o bem-estar dos estudantes, é possível reconstruir as escolas em paralelo com a reinvenção das propostas educativas democráticas segundo os direitos humanos e a integração com a comunidade.