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O Brasil abriga a maior biodiversidade do mundo, com potencial inexplorado de
inovação, que inclui plantas alimentícias não convencionais (PANC) e frutas nativas.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a percepção dos consumidores sobre PANC
e produtos com PANC, aceitação sensorial de molhos agridoces formulados com
polpa de gila e extrato de jabuticaba, além de avaliar a influência da expectativa na
escolha de compra diante das informações do rótulo sobre um novo produto, com
apelo à sustentabilidade. Amostras com 70%, 75% e 80% de açúcar e vinagre foram
testadas e apresentaram aceitação satisfatória entre os provadores. Não houve
diferença significativa entre as amostras, embora tenham sido avaliadas de forma
diferente entre os participantes, quando agrupados em três clusters distintos para a
análise. A teoria das representações sociais foi utilizada para explorar as principais
associações de palavras de 102 voluntários, cujas percepções mostraram-se
solidificadas, com pouca propensão à mudança. Quando os consumidores pensaram
em produtos, as palavras da categoria “diferente” ganharam maior importância e
“sabor” aumentou de frequência no núcleo central de uma representação social
estruturada. “Sustentabilidade” e “produção” foram as categorias que sustentaram o
núcleo central. Em relação às informações nos rótulos, a escolha dos consumidores
foi influenciada 72,9% por alegações sustentáveis e 27,1% por marcas. O rótulo da
agroindústria familiar influenciou positivamente, enquanto que a ausência de alegação
sustentável apresentou impacto negativo na escolha. Portanto, o estudo nos deu um
resultado importante para orientar e incentivar os proprietários locais de agroindústrias
familiares a desenvolver novos produtos com PANC e frutas nativas brasileiras. |
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