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Este resumo se refere ao resultado de uma pesquisa desenvolvida no Mestrado Profissional em Educação, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS, que teve como temática as desconexões do ensino de Língua Portuguesa, frente aos desafios que se estabelecem para o ensino das normas cultas em tempos de multiletramentos. O objetivo geral desta pesquisa foi conhecer de que formas as linguagens escritas e não verbais utilizadas pelos estudantes do 2º ano do ensino médio, de uma escola pública estadual do município de Balneário Pinhal, têm reverberado no fazer docente das professoras de Língua Portuguesa. Dos caminhos metodológicos trilhados para a produção das informações, destaco que essas foram construídas dentro da pesquisa qualitativa, sob as perspectivas dos Estudos Culturais, com inspirações pós-críticas, utilizando como metodologia de pesquisa a netnografia, nas redes sociais dos estudantes e as rodas de conversa com as professoras. As abordagens teóricas que conduziram o processo de pesquisa foram os estudos sobre formação docente, juventudes, desconexão e multiletramentos. Para abordar estes campos teóricos, utilizei como aporte teórico autores como Nóvoa(2022), Tardif(1991), Dayrell(2003), Reguillo(2003), Hall(1997 e 2016), entre outros. Esta pesquisa se justificou pela necessidade de analisar o espaço desconexo das práticas docentes e das culturas juvenis que coabitam o ambiente escolar. Das análises realizadas ficou evidente a necessidade de reformular o currículo da formação docente e de refletir as expectativas postas sobre o devir aluno. Esta pesquisa ressalta a intrínseca relação entre linguagem e cultura, o que pode ser percebido através de uma dimensão geracional que abarca – formas de escrita, gestos, roupas – e permitem a esses jovens compartilhar uma língua única e construir uma identidade social própria. |
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