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Este estudo busca investigar, no contexto da educação básica, como a culturas periféricas, em especial o Hip-Hop, atua como uma ferramenta propulsora na promoção dos Direitos Humanos, a partir do desenvolvimento de espaços de educação não formal. As práticas escolares no Brasil são frequentemente marcadas por produções de saber que seguem uma lógica colonial e universalizante, reproduzindo padrões eurocêntricos, especialmente nos campos da arte e da cultura. Nesse sentido, o objetivo é compreender como o Hip-Hop, sob uma perspectiva decolonial, pode contribuir para a promoção dos Direitos Humanos na educação básica no Rio Grande do Sul. Assim, as áreas das Culturas Periféricas Educação, Direitos Humanos e Juventudes vão compor o escopo do trabalho, com os seguintes objetivos específicos: (a) compreender os conceitos teóricos de colonialismo e colonialidade e suas manifestações contemporâneas; (b) examinar as particularidades da educação básica no Rio Grande do Sul (2010-2024); (c) discutir as contribuições da arte e das culturas periféricas, sob uma perspectiva decolonial, na garantia de direitos; (d) investigar as responsabilidades e ações do Estado na implementação de políticas culturais periféricas em articulação com a Educação em Direitos Humanos; (e) identificar como a cultura periférica, especialmente por meio do movimento Hip-Hop-RS, atua como uma tecnologia social promotora de direitos em espaços de educação não formal. A justificativa para a pesquisa se baseia na relevância social do tema e na importância de perspectivas críticas sobre o cenário educacional, destacando a necessidade de ampliar a diversidade cultural e suas interfaces na efetivação dos Direitos Humanos. Metodologicamente, a pesquisa é de natureza aplicada, com abordagem qualitativa e procedimentos investigativo-bibliográficos. Os resultados apontam que as colonialidades reforçam sistematicamente as desigualdades educacionais, refletidas nas hierarquias étnico-raciais, comprometendo o acesso e a efetivação dos direitos educacionais e culturais. Observa-se que as culturas periféricas constituem um campo fértil para práticas educacionais não tradicionais, atravessadas pelos aspectos interculturais, contribuindo para a promoção e ampliação dos direitos fundamentais. |
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