dc.description.abstract |
A presente dissertação está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em
Educação, Mestrado Prossional em Educação da Universidade Estadual do Rio
Grande do Sul (UERGS) e tem o objetivo de analisar os momentos de escuta
proporcionados pelos atendimentos psicopedagógicos a estudantes de 4º e 5º ano,
da Rede Municipal de Ensino de NH, que frequentam o Núcleo de Apoio
Pedagógico (NAP), evidenciando o modo como são subjetivados aos discursos da
não aprendizagem, ou escapam a eles criando outras formas de narrar a si mesmo.
O contexto da pesquisa é o NAP de Novo Hamburgo e os sujeitos são estudantes
com históricos de “diculdades nos processos de letramentos e alfabetização”,
atendidos neste espaço. No processo da empiria, insere-se também a análise do
motivo do encaminhamento destes sujeitos e o diálogo com seus responsáveis. A
justicativa está na importância de valorizar todos os momentos de escuta desses
sujeitos, especialmente quando narram seus sentidos sobre os atendimentos (em
diferentes espaços, incluindo a escola); também está na relevância do especialista
(em contexto de acolhimento Psicopedagógico) ao constituir o olhar/escuta,
enquanto prossional inserido no espaço da pesquisa, propondo-se a considerar as
histórias, sentimentos e possibilidades de cada pessoa inserida nesse propósito. A
pesquisa também problematizou o discurso da não aprendizagem ao constituir
espaços/vivências destes estudantes, pela possibilidade de compreender os
signicados mobilizados na artesania de uma relação de aprendizagem criada com
o outro nos processos de inclusão. A abordagem da pesquisa é qualitativa de
inspiração etnográca e busca se apoiar em pensadores como Richard Sennett e
Michel Foucault. O exercício analítico parte do corpus empírico, enquanto
enunciados discursivos, gerados nos encontros semanais com os participantes;
estes momentos possibilitaram a organização das informações obtidas em quatro
eixos de análise: encaminhamentos ao NAP - o acento clínico e o foco na correção;
os discursos da escola e do NAP - proteção e estranhamentos; o que narram os
responsáveis pelas crianças; e os encontros com os sujeitos da pesquisa - desaos
em experienciar com o outro. Diante deste exercício de pesquisa, constitui-se como
produto, a construção de um livro com foco nos "ditos" dos estudantes
participantes desse contexto (NAP). |
|