Este trabalho busca compreender como ocorre o processo de aprendizagem de alunos com Baixa Visão e Cegueira a partir das vivências de profissionais no âmbito do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Para tanto, foi realizada uma pesquisa, a partir das experiências vivenciadas e relatadas por dois professores que atuam no Atendimento Educacional Especializado de dois municípios de pequeno porte do Rio Grande do Sul. O estudo questionou como se dá o processo de aprendizagem de estudantes com Baixa Visão e Cegueira, a partir da experiência profissional de docentes do AEE das redes de ensino pública e privada. Como contextualização legal, o estudo traz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), a Lei Brasileira de Inclusão nº 94394 de 1996, a Lei 13.146 de 2015, a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva de 2008 e as Diretrizes operacionais para o Atendimento Educacional Especializado, pelo Decreto 7611 de 2011. Como embasamento teórico, o estudo se inspirou em Carvalho (2010), Sá, Campos e Silva, (2007); Cazzanelli e Klein (2021); Mendes e Lopes (2021), Silva (2022) e Costa (2023), que problematizam práticas excludentes e pautadas apenas no modelo médico, e argumentam em favor do modelo social de inclusão. Estes autores defendem que a aprendizagem de estudantes com Baixa Visão e Cegueira necessita do olhar e de intervenção qualificada do profissional que atua no AEE e que as estratégias pedagógicas devem considerar as condições visuais dos educandos. O exercício analítico da pesquisa possibilitou organizar a discussão em três eixos temáticos que são: i) estratégias no AEE na atuação de com Baixa Visão e Cegueira; ii) desafios na atuação de estudantes com Baixa Visão e Cegueira; iii) possibilidades na atuação de estudantes com Baixa Visão e Cegueira. Conclui-se que o AEE se constitui um serviço de apoio fundamental para a inclusão dos estudantes com Baixa Visão e Cegueira ao promover as adaptações necessárias à acessibilidade curricular dos estudantes, contudo deve ser um trabalho articulado entre corpo docente e comunidade, levando em conta o potencial de cada aprendente.