Este trabalho teve como objetivo analisar e compreender como vem se organizando o Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Educação Infantil em uma escola do município de Tramandaí, no Rio Grande do Sul (RS). A abordagem metodológica é de pesquisa qualitativa e descritiva, com foco na compreensão do fenômeno investigado em seu contexto. Os dados foram coletados junto a uma professora de AEE e a um professor de turma, que atuam em uma Escola de Educação Infantil de Tramandaí/RS, por meio de um questionário contendo questões abertas e fechadas. Como referencial teórico, a discussão partiu das noções de educação inclusiva e de infância, considerando os conceitos apresentados por Carneiro (2012), Carvalho e Fochi (2017) e outros autores que refletem sobre a inclusão na primeira infância. O exercício analítico foi realizado em dois eixos principais: a organização e articulação do AEE, e os desafios e possibilidades dos processos inclusivos. Os resultados do estudo apontam que, embora exista uma estrutura formal para o AEE, com espaço, planejamento e profissional qualificado, ainda há fragilidades nas articulações entre os profissionais da escola, além de desafios relacionados à formação continuada e à efetivação de práticas inclusivas no cotidiano escolar.